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O Uso do QR Code nas lojas com parte da agenda de transformação digital do varejo: digitalizando a jornada de compra

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| por Eduardo Terra

Nos últimos 5 anos, o varejo brasileiro e mundial passou por uma enorme transformação. Embora no dia a dia nem sempre nos demos conta, a mudança é indiscutível. Quer um exemplo? Nesse período, a participação das vendas digitais no total do varejo saltou de 3% a 4% para próximo de 14%.

Quer outro exemplo ainda mais recente? O varejo tem incorporado Inteligência Artificial (IA) em suas atividades em uma velocidade nunca vista antes: há dois anos, eram raros os casos – hoje, 18% dos varejistas já usam em atividades cotidianas e 91% conhecem a tecnologia, de acordo com uma pesquisa feita pela Cielo.

O fato é que a jornada do consumidor está cada vez mais digitalizada. Os vídeos nas redes sociais se tornaram o início do percurso que desemboca em uma compra – essa, sim, normalmente feita em lojas físicas. Estamos vendo mudanças importantes na maneira como os consumidores pesquisam, se informam e compram.

Nesse mar de transformações, ferramentas com potencial disruptivo podem assumir uma face muito simples, quase inofensiva. É o caso dos QR Codes nos produtos e embalagens, que podem mudar completamente o relacionamento das marcas com os consumidores, trazendo mais segurança para toda a cadeia de suprimentos e ajudando a combater fraudes.

Mais ainda: em um ponto de venda digitalizado (e essa será a realidade do varejo muito em breve), um simples QR Code permite oferecer uma experiência de compra diferenciada, muito mais interativa para os consumidores.

Um dos grandes cases nesse sentido está acontecendo agora mesmo na Europa. A L’Oréal incorporou o QR Code Padrão GS1 em 7 bilhões de embalagens, em um programa mundial (chamado de Beautytech) já estendido para o mercado brasileiro. A ideia é que os consumidores usem os QR Codes para ter uma experiência digital com as mais de 30 marcas da fabricante.

Neste link o vídeo mostra os detalhes impressionantes desta ação, que vai substituir globalmente todas as embalagens de produtos para que passem a contar com o código QR Code GS1. O cliente, ao ler o código com seu smartphone, passa a ter acesso a informações como a maneira correta de usar, os benefícios dos produtos e os detalhes de origem e fabricação.

Este exemplo mostra alguns caminhos para o futuro do varejo e do relacionamento com o cliente:

  • As marcas podem desenvolver ações de marketing mais direcionadas, focadas em produtos específicos ou em épocas determinadas, sem trocar as embalagens.
  • As ações de marketing passam a ser omnichannel, começando em um suporte físico para migrar para o digital e, eventualmente, retornando para o físico na gôndola do supermercado.
  • Os produtos ganham uma “vida estendida” muito além dos aspectos físicos e podem incorporar uma grande quantidade de informações sobre produção, sustentabilidade e outros aspectos.
  • As marcas podem oferecer aos clientes mais informações sobre a história da empresa e dos produtos, sobre o modo de fabricação, sobre o preparo em casa ou sugestões de uso.
  • Torna-se possível obter feedback dos consumidores de maneira direta, ágil e rápida.

Além disso, para as empresas que compõem a cadeia de abastecimento, QR Codes trazem muito mais agilidade na automação de processos internos e de distribuição de produtos.

No Brasil, a aplicação do QR Code Padrão GS1 teve início em novembro de 2023, impulsionada por uma resolução da Anvisa que autorizou a inclusão do QR Code para que os consumidores acessem dados do produto que não estiverem na embalagem.

Quando pensamos em itens perecíveis, como os FLVs nos supermercados, abrimos uma vertente importante, que é a rastreabilidade e garantia de origem. Um tema cada vez mais importante para consumidores de todas as classes sociais e idades, e que precisa ser incorporado ao cotidiano das marcas e do varejo.

O fato é que, independente da categoria de produto, os consumidores querem conhecer mais sobre o que levam para suas casas. É nesse tipo de situação que a aplicação de um código QR Code Padrão GS1 contribui para reforçar o relacionamento com os consumidores e gerar fidelidade e recorrência.

Evidentemente, o QR Code é a ponta de um iceberg. Imprimir o código bidimensional na embalagem é a fase final de uma estratégia de conteúdo que deve ser organizada, programada, estruturada para agregar valor para os consumidores.

Por isso, a jornada rumo ao QR Code Padrão GS1 começa na estratégia do negócio, identificando quais histórias podem ser contadas para os consumidores – e então embalando toda a jornada de relacionamento em pequenos pontos pretos e brancos organizados em um formato quadrado na embalagem dos produtos.

Uma tecnologia inovadora que parece ser muito simples – mas pode ser revolucionária para todo negócio que vive de sua interação com os consumidores.

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